Visitando Vilas de Mulheres com Rosto Tatuado em Myanmar

Myanmar é um dos países com maior diversidade cultural do mundo, com 135 grupos étnicos diferentes.

Há algumas tradições muito interessantes, incluindo as extraordinárias e cada vez mais escassas mulheres com rosto tatuado.

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A beleza e singularidade das mulheres com rosto tatuado de Myanmar

Não sabia nada sobre essa mulheres até que vi um anúncio publicitário enquanto andava pelas ruas de Bagan: “Trek ao Monte Victoria e visite a única vila das mulheres com rosto tatuado em Mianmar”.

Fiquei intrigado e descobri que o passeio privado de carro levaria três dias e custaria algumas centenas de dólares. Como achei que o preço estava alto, e também porque queria mais liberdade para criar meu próprio itinerário, decidi fazer o passeio por conta própria.

E a Aventura Está Apenas Começando

Para visitar as vilas das mulheres tatuadas no rosto, você tem que ir à Mindat, no Estado de Chin, cerca de 180 km de distância de Bagan. A primeira coisa que fiz foi pagar 3000 kyats (R$ 7) para viajar num caminhão estilo pickup com locais até a cidade de Pakokku. O caminhão não era nada confortável, estava lotado, e tive que por minhas pernas em cima de sacos de linhagem, e minha bagagem no teto .

Fazia um calor danado, estava sendo coberto de poeira, e começando a me perguntar por que estava fazendo tudo isso para ver essas mulheres.

Depois de cerca de 1h30min cheguei em Pakokku, uma cidade praticamente sem turistas e onde quase ninguém falava inglês… E, ao contrário do que me disseram, não havia van para Mindat às 13h. De repente parecia que meu plano de fazer tudo por conta própria não iria muito bem…

Depois de um pouco de dor de cabeça, gestos e inglês muito mal falado, consegui encontrar o “terminal de ônibus”. Agora não havia nada a fazer além de comer, ler, e esperar a próxima van, programada para chegar 4 horas mais tarde.

A viagem de Pakokku para Mindat leva cerca de quatro horas, mas por causa de obras na estrada, levou mais de seis horas.

No entanto, o motorista foi extremamente simpático. Me convidou para tomar uns drinks num restaurante, para conhecer sua família, e me falou cheio de orgulho que uma atleta de sua aldeia participou das Olimpíadas do Rio.

Chegamos em Mindat por volta das 22h, 12 horas mais tarde! A cidade estava completamente deserta, e não tinha nem ideia de onde ficaria. Depois de tentar achar vaga sem sucesso nas guesthouses mais conhecidas da cidade, o motorista me levou para a guesthouse de um amigo dele, onde finalmente encontrei um quarto para dormir.

A pousada era simplíssima, mas pelo menos tinha água morna. No entanto, tive que dividir o quarto com um casal que já estava dormindo quando cheguei. Não tive uma das melhores noites, pois a cama era desconfortável, e o vento sacudiu as paredes de madeira do quarto a noite inteira…

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O meu quarto na Tun Guesthouse, Mindat.

Mindat

Mindat é uma pequena cidade situada numa encosta a uma altitude de cerca de 1500m no Estado de Chin, no oeste de Myanmar.

A cidade conhecida como o santuário das mulheres com rosto tatuado, oferece várias passeios, desde treks cénicos ao Monte Victoria, a grupos étnicos minoritários. Mindat também é a sede do Festival Chin que acontece anualmente em fevereiro.

Em Mindat você pode encontrar as mulheres tatuadas no rosto de três tribos diferentes: Muun, Dai e Kaang. Elas deixaram suas vilas para estudar, trabalhar, e até mesmo montar seus próprios negócios.

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Mulher do rosto tatuado pertencente a tribo Dai, Mindat, Estado de Chin.

Na manhã seguinte, acordei cedo, e fui dar um passeio ao redor da cidade e tomar café. Existem alguns restaurantes em Mindat de onde se pode observar os locais seguindo para suas atividades diárias.

Vi gente vestida em roupas com cores fortes, mulheres trabalhando na construção civil, e crianças com cerca de 8 anos de idade trabalhando desde cedo carregando folhas nas costas. Havia também algumas mulheres com rosto tatuado andando pela cidade, mas quando pedi para tirar fotografia ou elas eram tímidas, ou queriam dinheiro.

Estava me sentindo um pouco perdido, sem saber o que fazer, mas sabia que não estava disposto a perseguir as mulheres com rosto tatuado em Mindat, e ter que pagá-las para tirar uma foto. Queria uma experiência muito mais autêntica e marcante!

Trekking para Visitar as Vilas da Mulheres com Rosto Tatuado

Por coincidência quando voltava para a pousada esbarrei em um homem que tem uma agência de viagens. Seu filho, Naing Awm, aconselhou-me a fazer um trekking para visitar algumas vilas de mulheres com rosto tatuado, onde eu teria oportunidade não só de conhecê-las e conversar com elas, mas também de dormir uma noite numa das vilas.

Em seguida encontrei com Naing e três franceses para visitarmos cerca de cinco vilas remotas de mulheres tatuadas no rosto. Tenho que admitir que fiquei um pouco surpreso, pois pensei que faria o passeio apenas com o guia.

Começamos o trekking em torno das 10h, passando por casas muito simples, com pessoas usando thanaka no rosto para protegê-los contra o sol, crianças brincando nas ruas, e cabras andando livremente.

Um menino na frente da sua casa lendo um livro e usando thanaka, uma pasta cosmética branco-amarelada feita de casca de madeira usada frequentemente por locais.
Um menino na frente da sua casa lendo um livro e usando thanaka, uma pasta cosmética branco-amarelada feita de casca de madeira usada frequentemente por locais.

O tempo estava ensolarado, quente e seco, e percebi muito rapidamente que o trekking não seria fácil, não só por causa do calor, mas também porque teríamos que atravessar várias montanhas.

Naing Awm, um nativo do estado de Chin, nos guiava pelo vale no sopé das montanhas, entre árvores e trilhas que ele conhecia desde a infância. Enquanto caminhava com certa facilidade, sempre próximo a ele ou seu ajudante, os turistas franceses com suas mochilas enormes estavam tendo dificuldade na descida.

Não demorou muito antes encontramos o primeiro local. Um idoso estava subindo a montanha com remédio para sua esposa que foi hospitalizada. Detalhe que o remédio era casca de árvores que ele tinha colhido.

Esse senhor de aparentemente 70 anos, usava sandálias, não tinha todos os dentes, e só conseguia falava a língua Chin. Mas sua simpatia, determinação, sorriso encantador, amor e compaixão por sua esposa eram cativantes.

Fiquei surpreso com este homem, nessa idade, subindo um morro super íngreme de sandálias, procurando remédio de casca de árvores para sua esposa. Que sujeito corajosa e inspirador esse!

Seguimos nosso caminho até um rio que corre entre as montanhas para nos refrescar e almoçar.

Já eram quase 14h e a temperatura estava alta, cerca de 36 C. Mal podia esperar para chegar na primeira vila e descansar um pouco na sombra. Mas tinha que esperar no sol, com a garganta ressecada, pelos meus companheiros franceses de aventura…

A Primeira Vila: Pukon

Um pouco antes de chegarmos a Pukon, encontramos a primeira mulher com o rosto tatuado.

Depois de trabalhar no campo durante toda a manhã, subindo e descendo morro debaixo do sol quente, ela estava voltando para casa com seu filho. Ambos carregam cestas pesadas nas costas com as tiras em torno das cabeças. Mais uma vez, o garoto era muito novo, não tinha mais de 7 anos de idade.

O nome da mulher era Naing Heim, de 37 anos, baixinha e tímida, e só falava a língua local. Quando perguntei a ela através do guia como se sentiu quando seus pais lhe disseram que ela teria o rosto tatuado, ela abriu um largo sorriso e respondeu: “Eu odiei!” Ela tinha apenas 14 anos na época, e sua avó e mãe também tinha tatuagens no rosto, e mesmo que não goste, ela disse que se não fosse proibida iria tatuar a filha para manter a tradição.

A visita às vilas estava apenas começando, mas já estava muito feliz e curioso para conhecer mais sobre as mulheres com rosto tatuado.

Depois de mais dez minutos chegamos a Pukon, 1400m acima do nível do mar e cerca de 15km de Mindat.

Na pequena vila de cerca de 280 pessoas, há casas muito simples, e até mesmo igrejas coloridas.

Quando cheguei, havia algumas crianças brincando numa praça, outras trabalhando, e algumas pessoas tentando arrumar uma moto. Perto da praça tinha moradores trabalhando juntos para construir uma casa de tradicional de bambu. O ambiente era acolhedor, e a sensação de comunidade muito forte.

Mesmo sendo proibida pelo governo em 1960, vendo-o como algo retrógrado e bárbaro, as tatuagens no rosto ainda são encontradas em mulheres com nos de 50 anos de idade.

Porém, a maioria delas, incluindo as que conheci em Pokun, teve que pagar uma multa pro governo.

Como Ling Shen, 40, que decidiu tatuar seu rosto quando tinha 14 anos. Cal Gei Awi, também de 40 anos,  fez a tatuagem quando tinha 15 anos de idade. Cal adora e disse que é parte da cultura Chin. No entanto, sua irmã odeia e não tem tatuagem.

Fiquei surpreso e intrigado ao ouvir todas essas histórias diferentes, ao descobrir o quão pesado essas mulheres trabalham, e também por ver crianças muito novas ajudando suas mães no campo.

Se às vezes pensamos que trabalhamos duro demais e temos uma vida difícil, nem se compara com a vida das mulheres dessas tribos!

Vila Lote Pat

A próxima parada foi Lote Pat, uma pequena vila de cerca de 150 habitantes.

As mulheres mulheres com rosto tatuado que vivem nesta vila também pertencem à tribo Muun. Elas são agricultoras, cuidam dos filhos e da casa, preparam a comida, são adeptas do artesanato, e a maioria usa roupas tradicionais.

Elas vivem em casas de bambu decorada com crânios de porcos, búfalos, vacas e outros animais sacrificados durante cerimônias xamânicas. Mas, apesar de algumas dessas casas parecem bizarras devido ao grande número de crânios, suas proprietárias são simpáticas e acolhedoras.

A origem e significado das tatuagens

A origem das tatuagens é incerta, mas existem várias lendas sobre as razões pelas quais as mulheres começaram a tatuar os rostos:

1. A tatuagem era um disfarce da própria beleza para impedir que o Rei birmanês sequestrassem as mulheres do estado Chin.

2. Elas acreditavam que com as tatuagens iriam ficar menos atrativas e impedir que os colonos britânicos abusassem-as sexualmente;

3. Havia um homem rico que queria se casar com uma mulher com rosto tatuado, e daí começaram a fazer as tatuagens;

4. Elas acreditavam que as mulheres com rosto tatuado iriam para o céu, e as sem tatuagens para o inferno;

5. Achavam que as tatuagens iriam deixá-las ainda mais bonitas;

6. Tradição.

Seja qual for a verdadeira razão, essa tradição está acabando, e eventualmente não haverá mais mulheres com rosto tatuado em Myanmar.

Uma das poucas mulheres com rosto tatuado em Myanmar fumando tabaco num cachimbo de bambu.
Uma das poucas mulheres com rosto tatuado em Myanmar fumando tabaco num cachimbo de bambu.

Entre todas as mulheres que conheci, a que tinha a tatuagem mais proeminente foi Hung Young, uma mulher de 34 anos que foi tatuada aos 13. Na verdade, Hung fez três sessões de tatuagem, cada uma com quatro horas de duração, e com intervalo de quatro meses. Ela disse que doeu muito e que chorava durante as sessões.

Os tatuagens faciais são feitas usando espinhos e tinta feitos a partir de uma mistura de bílis vaca, gordura de porco, fuligem e plantas. E o simbolismo da tatuagem da tribo Muun é: os semicírculos nas bochechas representam a lua, as linhas do nariz e queixo representam os raios do sol, e os pontos representam as estrelas.

Hung Young e seu lindo sorriso.
Hung Young e seu lindo sorriso.

Nossa estada na Vila Kaye Do

O sol estava se pondo quando chegamos à vila Kaye Do, nosso destino final.

Fomos para nossa pousada, que por sinal tinha o mínimo de conforto, com edredons no chão da sala, banheiro apenas com vaso sanitário, e uma mangueira e baldes no jardim…

Deixei minha mochila na sala e sai com Naing para conhecer alguns locais. Ele me apresentou à mulher mais jovem com o rosto tatuado dessa área, Thang Ti, 28, teve o rosto tatuado quando tinha apenas 10 anos. Ela me disse que quando os pais dela disseram que iriam tatuá-la, ela fugiu de casa e só voltou no dia seguinte depois que seu pai a ameaçou.

Thang também me disse que às vezes ela gosta da tatuagem, mas não sempre, e que não faria na filha porque acredita que as pessoas estão ficando mais educadas e globalizadas, que a cultura está mudando, e que não seria bom para sua filha .

Thang Ti, 28, uma das poucas pertencentes à nova geração de mulheres com rosto tatuado em Myanmar.
Thang Ti, 28, uma das poucas pertencentes à nova geração de mulheres com rosto tatuado em Myanmar.

Naing e eu voltamos para a pousada, e enquanto os franceses jogavam cartas na sala, acompanhei Naing Awm, seu ajudante, e a dona na casa no preparo do jantar.

Conversando com eles descobri que a poligamia é permitida e comum no Estado Chin, e que o dono da casa tem duas esposas. Perplexo e curioso, perguntei a segunda esposa se ela sentia ciúmes por compartilhar seu marido com outra mulher. Ela confessou que às vezes sim, mas que se acostumou com isso, e que eles vivem em harmonia.

Os pratos vegetariano estavam excelentes, e depois de jantar, finalmente fomos dormir.

Acordei às 5h para voltar à Mindat de moto pois ainda tinha que pegar a van de volta para Pakokku naquela mesma manhã.

A volta de moto foi muito mais rápida do que as 7h de caminhada, porém muito mais perigosa. , A vista do sol nascendo no meio das montanhas foi soberba.

Mindat, Myanmar
Uma vez de volta à cidade, ainda tive tempo de ver a única mulher em Mindat que toca flauta com o nariz.

Sim, esta é a prática de tocar uma flauta de madeira entalhada soprando ar pelas narinas!

Yaw Shen, uma jovem senhora de 90 anos de idade, começou a tocar a flauta na adolescência; parou depois de se casar; e reiniciou apenas seis anos atrás. Yaw, que pertence à tribo Kaang, ficou radiante quando teve o rosto tatuado aos 15 anos, porque segundo ela, a tatuagem ajuda a manter a pele firme e livre de rugas. Depois de uma conversa super agradável e boas risadas, ela tocou uma música relaxante e curta para mim.

Yaw Shen, de Kaang tribo, falou que mal esperava para ostentar a tatuagens em seu rosto.
Yaw Shen, de Kaang tribo, falou que mal esperava para ostentar a tatuagens em seu rosto.

Deixei a casa de Yaw Shen, e corri para pegar minha bagagem na pousada e a van para Pakokku.

Visitar as mulheres com rosto tatuado em Mianmar foi uma das melhores experiências durante os cinco meses que passei na Ásia.

Aprendi não só a importância de manter as tradições e respeitar as barreiras culturais, mas também a apreciar ainda mais minha vida, as oportunidades que tive, e o país que vivo.

Boa viagem!

Sugestão de leitura: Conheça a tribo Mosuo, uma sociedade matriarcal.

Visitando Vilas de Mulheres com Rosto Tatuado em Myanmar 1

Planejando uma Viagem às Vilas da Mulheres com Rosto Tatuado

  • Onde Mindat está localizada?

Mindat é uma cidade no sul no Estado Chin, um estado no lado oeste de Myanmar (veja o mapa aqui).

  • Como ir à Mindat?

O acesso à Mindat é feito apenas por terra, e você pode partir de  Pakokku ou Kampellet. No entanto a estrada Pakokku – Mindat é acessível somente durante a estação seca (de outubro a abril).

  • Melhor época para visitar?

A melhor época para visitar o Estado Chin é de novembro a fevereiro, quando os dias não estão tão quentes, e as noites são frias.
De junho a setembro é a época das monções e as estradas estão em péssimas condições. De março a maio é o período de estiagem.
Visitei Mindat em março de 2017, e estava muito quente e seco durante o dia, e um friozinho bom durante à noite.

  • Onde ficar?

Tenha em mente que acomodações em Mindat são simplíssimas, e você terá que fazer a reserva através de uma agência ou quando chegar lá.
Alguns dos lugares para se hospedar em Mindat são as Guesthouses Victoria,Tun e Mopi; e o Oasis Hotel.

  • Custos da Viagem?

Seguro de viagem por 5 meses pelo sudeste asiático: R$ 844 com a World Nomads.

* Van de Bagan para Pakokku: 3000 Ks (R$ 7)

* Van de Pakokku para Mindat: 14000 Ks ida e volta (R$ 32,50)

* Uma noite na Tun Guesthouse: 8000 Ks (R$ 18,50)

* Café da manhã: 800 Ks (R$ 2)

* Trekking com Naing Travel Services: 82000 Ks (R$ 190)

* Apresentação da flauta: 5000 Ks (R$ 12)

Dicas Extras para Visitar as Mulheres de Rosto Tatuado do Estado Chin

– Desde 2013 não é necessário uma autorização especial para visitar o Estado Chin.

– Não há Wi-Fi na área de Mindat.

– O único hotel em Mindat é o Oasis, e é um dos poucos lugares para ficar que fornece água morna.

– Os banheiros são simples, e sempre fora do quarto (exceto no Oasis Hotel).

– Eu pessoalmente não recomendo fazer as caminhadas por conta própria, uma vez que a maioria dos moradores não falam inglês, e você não conhece as trilhas.

– Eu super recomendo contratar um guia com a Agência Naing. Você pode entrar em contato com eles através do email naing.travelservices@gmail.com, ou do fone +959452093497.

– Você também pode visitar Kampellet saindo de Mindat, e ver diferentes tribos de mulheres de rosto tatuado

mulheres com rosto tatuado
As extraordinárias mulheres com rosto tatuado, de Mianmar.
Planeje sua Viagem Para cada reserva feita pelo meu site eu doou US$ 1 a uma instituição de caridade. Boa Viagem ☺

3 comentários em “Visitando Vilas de Mulheres com Rosto Tatuado em Myanmar”

  1. Por mais que a empreitada tenha sido difícil no início, posso concluir pelo seu relato que vale a pena conhecê-las. Espero que essas mulheres não sejam exploradas pela indústria do turismo como acontece com outros povos ao redor do mundo, já que a tradição já não é tão presente nas novas gerações e elas estão se tornando “raras”.
    Interessante você ter apontado as hipóteses de onde esse costume pode ter começado e como essas tatuagens são feitas. Imagino que o processo seja dolorido mesmo, tem razão a moça ter chorado tanto.
    Parabéns pelo post! Conteúdo sensacional!

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    • Obrigado Gisele.
      Como Myanmar abriu as portas pro turismo de massa a pouco tempo, alguns grupos minoritários tornaram-se mundialmente conhecidos.
      Pela experiência que tive lá não percebi isso dá exploração, mas confesso que em Mindat elas se tornaram sim atrações para os fotógrafos. Por isso decidi fazer um turismo de imersão cultural.
      A origem das tatuagens é bem interessante, assim como também, o das “mulheres girafas”.
      É uma pena que essa tradição esteja acabando, mas faz parte da globalização :/
      Grande abraço

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